08 março 2015

Não sejamos nós, as opressoras de nossa própria vontade

Um minuto de atenção aqui por favor, porque o que irei falar pode ''chocar'' os ''tabuzeiros'' de plantão.
Com todo o respeito, me poupem dos comentários desnecessários, me intitulando como promíscua ou uma mulher sem valor. Não faço nada que vocês também não façam. 
Porque quando o assunto é sexo, parece que causa um certo espanto nas pessoas? E ainda mais quando esse assunto começa em uma roda de mulheres, conversando num barzinho, com uma cerveja bem gelada em mãos?
Prezo pela minha liberdade, como se fosse o tesouro mais precioso do mundo, o que pra mim, de fato, é. 
Tenho o meu próprio dinheiro, mesmo que não seja do esforço do meu próprio trabalho, continua sendo o meu próprio dinheiro, não ganho ele de ninguém (só do governo). Tenho meus princípios, metas e sonhos, todos intactos. Sou maior de idade e muito bem resolvida.
Vou à bares, tomo minhas cervejas diárias, beijo na boca, flerto, troco olhares, toques e números de celulares. Não digo que sou uma maníaca viciada em sexo, porque isso não é verdade. E nem sou daquelas que transam com vários. Não estou julgando quem faz isso, muito pelo contrário. Admiro quem se liberta dessa maneira e se sente bem fazendo o que se permitem, aplaudo de pé e tiro o chapéu. Nos meus 20 anos de vida, transei com poucos, bem poucos mesmo e esse número é bem baixo por aqueles típicos clichês.. Perdi a virgindade com o meu primeiro namorado e fiquei longos anos com ele.. Ao fim do relacionamento, ainda não deu tempo de sair por ai, me libertando e soltando essa fera que existe adormecida no meu interior. Mas ainda afirmo, que a quantidade não significa nada, e o que importa de fato, é a qualidade. No meu caso, a minha qualidade também não foi lá das melhores, pelo contrário, foi péssima (não querendo menosprezar meus antigos parceiros, também tive uma parcela de culpa nesse quesito.) Fiquei quase um ano sem transar, por puro receio de que todas as vezes que eu fosse fazer de novo, iria ser frustrante. Agradeço todos os dias, por ter desencanado desse pensamento e ter me permitido explorar esse meu lado, que por vezes é insaciável, de novo. 
Não tenho o que reclamar da qualidade hoje, é excepcional. Me descobri e continuo descobrindo sensações, que até então eu achava impossível sentir. A quantidade, é só um mesmo, e não reclamo, pois esse um está valendo por cem. 
Eu amo o sexo. Amo o flerte antes dele, amo cada sensação que ele me proporciona. Amo explorar cada pedacinho do meu corpo e testar os meus limites. Não nego fogo. Faço tudo o que é permitido fazer, me entrego e deixo fluir. Amo o sexo em demasia.
Gostar de sexo não me torna melhor, nem pior do que você. Isso não me torna uma puta, assanhada, sem caráter e sem valor. Gosto de dar, algum problema? Vamos deixar de ser hipócritas, não há coisa mais natural no mundo, do que o sexo. 
Isso não me torna uma perdida no mundo, uma sem educação ou uma sem família. Não me reprimam e nem se reprimam. Se joguem, transem, se entreguem. Façam sexo por amor, por paixão, por desejo ou só por puro prazer. Mas se permitam à desfrutar os melhores prazeres do mundo. Não sejamos nós, as opressoras de nossa própria vontade.
Continuo tendo uma excelente base familiar. Continuo querendo cursar Psicologia, Jornalismo ou Arquitetura. Continuo pensando em trabalhar e conquistar as coisas com o meu esforço. Penso em ter uma família, casar, ter filhos.. E quero amar alguém com todas as minhas forças. Adorar o sexo não me torna uma vagabunda, pelo contrário, me torna uma mulher mais confiante e dona de mim.
Não enxergo nenhuma barreira que eu não possa ultrapassar. Quero o mundo ou nada e nem o céu é meu limite. 
Odeio aqueles caras que ficam fazendo joguinhos, são cheios de nojinhos e principalmente aquele tipo que nem fode e nem sai de cima, sabe? Gosto daquele que é direto, que chega, pega pela cintura, me prensa contra a parede e me puxa pelos cabelos. Gosto de beijos apaixonados e olhares cheios de malícias. Não me vejo como um objeto ou um pedaço de carne, eu só simplesmente, me permito degustar e apreciar os momentos que fazem eu me sentir viva e que dão algum sentido para a minha breve existência.
Minha vida, meu corpo, minhas regras. Concedo ao meu corpo e à minha alma o que eles suplicam, vitalidade e visitas.

Bárbara Martins.

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