01 novembro 2013

Medo do contágio.

Eu me pego constantemente desistindo de tudo o que eu nem comecei, é uma coisa tão desanimadora, tão infeliz.
Falo que quero sair de casa, conhecer gente nova, me divertir um pouco, mas me sinto tão mais feliz no meu quarto, vendo um bom filme, lendo um bom livro, ouvindo uma boa música, ou somente ficando sozinha com os meus próprios pensamentos. Ok, admito que não tenho vida social, mas prefiro mil vezes ''vegetar'' sozinha, do que ter que me contentar com qualquer coisa superficial por ai.
Não gosto de conhecer pessoas, gente nova, isso me cansa.. Porque eu sempre crio expectativas em cima delas e acabo me decepcionando. Mas não achem que é expectativas relacionadas à sentimentos, é só uma pequena esperança de que aquela pessoa seja diferente, não seja uma cópia escrita do resto da população. Eu enjoei de pessoas, se é que isso é razoavelmente possível.
Sempre que conheço alguém, segue o mesmo roteiro clichê e isso é tão entediante e lamentável.
A pessoa não tem nenhum atrativo, é previsível, fala demais e ao mesmo tempo não fala nada de inteligente. As pessoas se tornaram tão ''rasas'' e pobres de conteúdo. Por isso me entendo melhor com a minha própria confusão, do que com o caos que as pessoas se tornaram.
Eu sou a primeira a falar pros outros saírem, se arriscaram, se aventurarem, mas eu não sigo meus próprios conselhos. Prefiro mil vezes a minha própria companhia.. Acho que tenho ''medo'' do que tem lá fora, ''medo'' das pessoas acomodadas e mediocremente felizes, que se contentam com qualquer ''esmola'' de atenção e fazem tudo pela mesma. Eu tenho é medo de que isso seja contagioso.
A minha indignação é ver noque o ser humano se tornou.. Mas quem sou eu pra julgar eles? Uma pessoa completamente anti social, que odeia pessoas, prefere a própria companhia e que luta contra os próprios demônios, pra ver se consegue um pouco de sossego pra própria confusão.
Eu posso não fazer a diferença, mas eu quero me tornar diferente dessas pessoas.
Quero alguém que me atraia, mas não só fisicamente e sim mentalmente, alguém com conteúdo, alguém que me encante, que pense diferente, que aja diferente. Que não seja só mais um ''robô'' no meio dessa multidão, alguém que não seja superficial, alguém que transborde.
Ainda da tempo de mudar, parem de dar valor pro que não tem importância, pra status, marca, posição social, não se permitam a ser controlados e devorados pelo seu próprio medo de ser diferente.
''A vida é muito curta, sempre achamos que ainda temos tempo, e ai ele acaba.''


Bárbara Martins.

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