22 junho 2014

Nasci pra ser livre.

Eu quero o mundo ou nada.
É isso mesmo, não quero e nem vou me contentar com o pouco, com o aceitável, com o permitido.. Pra mim não existem limites e nem barreiras.
Tem um mundo me chamando e eu quero desfrutar de cada detalhe que ele tem pra me oferecer. Quero conhecer novas pessoas, novos ares, novos lugares.. A ideia de passar a vida inteira no limite das paredes no meu quarto, me sufoca. Eu nasci pra ser livre, pra conquistar tudo o que eu achar que mereço.
Não quero ter que depender de ninguém, não quero ter que dar satisfações pra ninguém, quero ser totalmente independente. Isso pode soar até um pouco egoísta e talvez realmente seja, mas eu não quero ser mais uma dessas pessoas acomodadas, que passam a vida inteira à sombra dos outros.
Não digo que nunca vou precisar dos outros, porque todos precisam, mas eu sou tão desapegada emocionalmente e ao mesmo tempo sou um furacão de emoções. Sou intensa, complexa. Não sou 8, sou 80 mesmo. Eu chuto o ''pau da barraca'', danço no meio do fogo, e mostro "com quantos paus se montam uma canoa", comigo não tem mais ou menos, é tudo ou nada, me jogo de cabeça, me atiro do penhasco, não existe meio termo pra mim. Até porque a vida é pra quem se arrisca! E isso assusta muitas pessoas e eu te pergunto: Quem vai querer uma encrenca desse tamanho? Pois é, é difícil achar alguém com tamanha paciência e tempo disponível pra conseguir desvendar essa equação. Antes de ser dos outros, eu aprendi a ser minha e essa foi a melhor sensação que eu já senti. 
Crio muros, muralhas e barreiras, tento manter todos à distância, afasto as pessoas simplesmente por medo, medo de ser vulnerável, ou de me entregar completamente à alguém. Não consigo confiar nem na minha própria sombra. 
Sempre achei as pessoas muito sem graça, sem atrativos, ''sem sal'', sabe? São poucos os que me encantam e os que conseguem fazer isso, eu deixo explícito. Mas não é só porque eu quero ser livre, que isso signifique que eu não ame, não sinta, não dê chances, não tente.. Existe uma grande linha tênue nesse meio, é um paradoxo na verdade. 
Eu sinto tudo tão intensamente, não sei odiar pela metade e muito menos amar pela metade. Não me contento com o pouco, com o mais ou menos, com respostas vazias. Gosto de quem chega na hora, fala na cara e de quem se arrisca. Apesar de todos os erros e dores, eu sou despretensiosa, leve, e completamente maluca.
Tenho conflitos internos, segredos, e luto contra os meus próprios demônios. Sou conturbada, perturbada, turbulenta mas de uma maneira boa. 
A minha liberdade é tudo o que eu tenho e a minha forma de ver o mundo é o que eu mais prezo. Sou torta, do avesso, complexa demais, complicada demais. Sou tipo aquelas feras indomáveis. Sou simplesmente imutável. 

Bárbara Martins.

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