28 janeiro 2015

Me aflora e me desperta

Tão calmo, singelo, doce e mesmo assim consegue despertar o vulcão que existe adormecido em meu interior.
Tem um toque tão delicado e ao mesmo tempo cheio de malícia, um olhar com a ternura de quem quer me devorar ao som de Djavan e um calor que é capaz de derreter o gelo do meu peito. É todo um conjunto que me desestrutura inteira.
Ele realmente não me completa, ele me transborda. 
Queria que ele soubesse a inspiração que consegue provocar em mim. Me estimula e me encanta. Leio ele devagar, como aquele livro que é tão bom, que se lermos muito rápido, quando virarmos a última página a sensação do fim, seria de fato, desoladora. 
Queria que ele soubesse que passei a madrugada pensando nele, e fiquei desejando que sua presença fosse o suficiente para me fazer esquecer da incerteza do destino e da possibilidade de fracasso. 
Eu ainda não estou apaixonada, mas quero que ele permaneça. Permaneça me cantando e encantando. Em qualquer canto, da minha casa ou nas curvas do meu corpo que eu imaginava controlar. 
Hoje eu descobri, que ele me aflora e me desperta.

Bárbara Martins.

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